Moçambique é altamente vulnerável a fenómenos climáticos extremos, como secas severas, tempestades tropicais, ciclones, chuvas fortes e cheias a afectarem frequentemente o país. A vulnerabilidade da maioria da população exacerba o impacto humano dos fenómenos climáticos extremos, uma vez que cerca de metade da população moçambicana vive abaixo do limiar da pobreza e cerca de dois terços vive em regiões costeiras com habitações precárias e infraestruturas públicas degradadas. As autoridades governamentais enfrentam sérios desafios na prestação de assistência humanitária às vítimas de desastres naturais, recorrendo a organizações humanitárias internacionais para a ajuda de emergência. O aumento da frequência e da intensidade das catástrofes naturais está ligado às actividades humanas, como a desflorestação, que tem tido efeitos adversos no clima, na saúde e na segurança humana e dos ecossistemas, no aumento das desigualdades sociais, na insegurança alimentar e na perda de biodiversidade. Os crimes ambientais como a caça furtiva, a exploração ilegal de recursos minerais (ouro, rubis, pedras preciosas), a exploração ilegal de madeira, o tráfico de animais selvagens, a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, são comuns e são facilitados pela corrupção nas agências de aplicação da lei.
MOZ TIMES dedica especial atenção à cobertura das questões climáticas e ambientais e realiza investigações especiais dedicadas à descoberta e exposição de crimes ambientais cometidos por empresas estrangeiras e nacionais e por pessoas politicamente expostas.