Por Noémia Mendes
Maputo (MOZTIMES) – Desde o início das manifestações pós-eleitorais em Moçambique, a 21 de Outubro, 130 pessoas foram mortas e 3.636 detidas. De acordo com a Plataforma Eleitoral (DECIDE), o período entre 21 de Outubro e 15 de Dezembro também registou 385 feridos graves por disparos da Polícia.
Neste período, foram igualmente reportados cinco desaparecidos e mais de dois mil feridos, entre graves e ligeiros.
Na fase 4×4, decorrida entre 4 e 14 de Dezembro, registaram-se 54 mortes em todo o país. A província de Nampula liderou com 13 vítimas mortais, seguida de Maputo Província e Gaza, ambas com 10 casos. Zambézia registou sete, Cabo Delgado três, Sofala cinco, enquanto Manica e Maputo Cidade contabilizaram duas vítimas cada, segundo o relatório da Plataforma Eleitoral divulgado esta segunda-feira.
A activista Idércia Maia, do Centro de Estudos de Paz e Bem-Estar (CEPCB), expressou preocupação com o agravamento da violência associada às manifestações.
“Actualmente, a situação em Moçambique afecta gravemente os direitos humanos. A forma como a polícia tem conduzido as suas acções demonstra uma clara violação da lei e das normas que garantem os direitos fundamentais dos cidadãos”, afirmou durante um webinar organizado pelo Centro para a Democracia e Direitos Humanos. (NM)