– Director do CIP critica as nomeações por representarem altos custos para os cofres do Estado
Por Ricardo Dias
Maputo (MOZTIMES) – O Presidente Daniel Chapo nomeou, esta terça-feira, mais sete Secretários de Estado para o seu executivo, gerando críticas por estar a formar um governo excessivamente grande.
Chapo nomeou Amílcar Tivane para Secretário de Estado do Tesouro e Orçamento, Gustavo Djedje para Secretário de Estado da Terra e Ambiente e Jorge Daudo para Secretário de Estado de Minas.
O Chefe de Estado nomeou ainda Edson Macuácua para Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, a mesma área onde desempenhava funções como vice-ministro no mandato passado. Leo Jamal foi nomeado Secretário de Estado do Ensino Técnico Profissional, Emília Araújo para Secretária de Estado da Juventude e Abdul Razak Esmail para Secretário de Estado do Género e Acção Social.
As nomeações ocorrem duas semanas após a indicação de outros cinco dirigentes do mesmo nível, sugerindo que mais nomeações podem estar a caminho.
Edson Cortez, Director do Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização watchdog de governação, criticou as nomeações, lembrando que o presidente prometeu emagrecer o Governo para reduzir os gastos com mordomias de dirigentes.
“Eles apenas mudaram a denominação. Enquanto no Governo de Nyusi eram designados vice-ministros, no Governo de Chapo são Secretários de Estado. É mais do mesmo”, criticou Cortez, alegando que as nomeações visam “acomodar membros da Frelimo”.
No seu discurso de tomada de posse, Daniel Chapo referiu que o seu governo iria redefinir o papel dos Secretários de Estado, atribuindo-lhes responsabilidades claras e colocando-os sob a alçada directa dos Ministros.
Até ao momento, Chapo já nomeou um total de 12 Secretários de Estado do total de 18 ministérios, o que indica que poderá nomear mais seis.
“Disseram que era um Governo sem vice-ministros, mas está cheio de Secretários de Estado”, criticou Cortez, alertando para o impacto destas nomeações nas finanças públicas. (RD)